Sabe aquele bebezinho que nasceu outro dia mesmo, que parecia tão alheio a este mundo extra útero, que mamava a cada três horas, que pouco ficava acordado?
O tal bebezinho virou uma pessoinha, tal qual uma lagarta vira uma borboleta: assim, de repente mas não num piscar de olhos, pouco a pouco porém como num passe de mágica, dia-à-dia contudo de momento para o outro...
Trocando em miúdos, quero dizer com isso que nossa menininha já brinca sozinha, emite algumas dezenas de vocábulos, dá gritinhos de felicidade, nos chama quando acorda, come diversas frutas sozinha, dá tchauzinho, se espreguiça quando ouve: "estica, estica!", sorri ao se ver no espelho, joga fora o que não quer mais, mostra a língua ao ver a nossa e deixa muito claro quando não gosta de algo. E tudo isso (e muito mais) ela aprendeu em menos de 8 meses!
É espantoso ver como aquele serzinho, tão dependente outrora, já é um indivíduo com desejos e preferências, vontade própria e muita personalidade. O desenvolvimento é constante, diário, e mesmo os que convivem com ela tão intensamente quanto eu ou o pai ficam assombrados com tamanha evolução. Num dia olha um movimento nosso com atenção. Dois dias depois já é capaz de repetir o mesmo gesto, a mesma intenção.
Um espetáculo bem bonito de se ver e de acompanhar.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Papinhas e mais papinhas
Eu e M. estamos nos especializando em papinhas para a O. Cada uma delas vai dois tipos de legumes, um tipo de folha, um tipo de cereal, um tipo de grão e caldo de carne ou frango (caseiros). A maioria dos produtos, com exceção das carnes, é orgânica.
M. brinca que deveríamos fazer papinhas orgânicas para vender a R$10,00 a unidade!
A parte mais chata da brincadeira é etiquetar todos esses vidrinhos, afe!
M. brinca que deveríamos fazer papinhas orgânicas para vender a R$10,00 a unidade!
A parte mais chata da brincadeira é etiquetar todos esses vidrinhos, afe!
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quarta-feira, 24 de junho de 2009
De volta ao trabalho
Num impulso, como quase tudo na minha vida, resolvi trabalhar no escritório pela manhã, já que a O. fica com o pai neste período. Em casa, definitivamente, não dava mais...
Acordar, dar de mamar, tomar café, tomar banho e... quando começa o trabalho? Esse é o problema de tentar trabalhar em casa. Além disso, mesmo que eu não tenha de cuidar da O., qualquer chorinho ou resmungo já estou de orelha em pé pra saber se não é da mamãe que ela precisa... Por fim, passar o dia inteiro em casa é altamente sufocante. A fachada do prédio está em restauração, impedindo que mesmo no térreo eu possa ficar com a O. enquanto leio um livro pra relaxar.
Vou a pé para o escritório, o que é uma boa introdução ao trabalho. Respiro e caminho, vou pensando na vida e apreciando as mudanças do trajeto que há uns 8 meses não fazia.
Neste primeiro dia, o trabalho rendeu muito. Há tempos estava correndo atrás do próprio rabo para fazer uma revisão do método, sem sucesso. Hoje comecei e quase terminei a empreitada em pouco mais de 3 horas de trabalho.
Não sei por que não havia pensado nisto antes. É claro que isso só foi possível porque a O. passou a comer alimentos sólidos e, com isso, mamar menos vezes por dia. Porém, já faz um mês que estamos nessa nova fase e nem assim eu me toquei de que, em casa, é bem difícil conciliar trabalho acadêmico, que requer concentração, com o desenvolvimento de um bebê cheio de energia. Rendendo mais, posso brincar com a O. sem culpa também. E, com menos culpa, talvez minhas enxaquecas também diminuam, quem sabe? Bem, agora é aproveitar as preciosas manhãs pra avançar na tese e conseguir, talvez, acabar algo na vida que não seja nos últimos minutos da prorrogação...
Acordar, dar de mamar, tomar café, tomar banho e... quando começa o trabalho? Esse é o problema de tentar trabalhar em casa. Além disso, mesmo que eu não tenha de cuidar da O., qualquer chorinho ou resmungo já estou de orelha em pé pra saber se não é da mamãe que ela precisa... Por fim, passar o dia inteiro em casa é altamente sufocante. A fachada do prédio está em restauração, impedindo que mesmo no térreo eu possa ficar com a O. enquanto leio um livro pra relaxar.
Vou a pé para o escritório, o que é uma boa introdução ao trabalho. Respiro e caminho, vou pensando na vida e apreciando as mudanças do trajeto que há uns 8 meses não fazia.
Neste primeiro dia, o trabalho rendeu muito. Há tempos estava correndo atrás do próprio rabo para fazer uma revisão do método, sem sucesso. Hoje comecei e quase terminei a empreitada em pouco mais de 3 horas de trabalho.
Não sei por que não havia pensado nisto antes. É claro que isso só foi possível porque a O. passou a comer alimentos sólidos e, com isso, mamar menos vezes por dia. Porém, já faz um mês que estamos nessa nova fase e nem assim eu me toquei de que, em casa, é bem difícil conciliar trabalho acadêmico, que requer concentração, com o desenvolvimento de um bebê cheio de energia. Rendendo mais, posso brincar com a O. sem culpa também. E, com menos culpa, talvez minhas enxaquecas também diminuam, quem sabe? Bem, agora é aproveitar as preciosas manhãs pra avançar na tese e conseguir, talvez, acabar algo na vida que não seja nos últimos minutos da prorrogação...
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segunda-feira, 22 de junho de 2009
Cesáreas desnecessárias...
Por mais que eu tente, não consigo evitar que as pessoas que mais gosto acabem tendo seus filhos por meio de uma cesárea desnecessária.
Eu insisto que elas se informem, mando textos, sites e afins mas na hora P... dá-lhe cesárea ganhando de goleada! Será possível que todas as mulheres brasileiras tenham perdido a capacidade de parir normalmente?
Achei um texto hoje que teria me ajudado muito nessa inglória luta, eu acho. É um resumo dos principais mitos que levam o parto de uma mulher saudável acabar numa cesárea:
http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=mitos&ext=html
Informação nunca é demais para diminuirmos a triste estatística dos partos brasileiros, uma verdadeira aberração, infelizmente...
Eu insisto que elas se informem, mando textos, sites e afins mas na hora P... dá-lhe cesárea ganhando de goleada! Será possível que todas as mulheres brasileiras tenham perdido a capacidade de parir normalmente?
Achei um texto hoje que teria me ajudado muito nessa inglória luta, eu acho. É um resumo dos principais mitos que levam o parto de uma mulher saudável acabar numa cesárea:
http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=mitos&ext=html
Informação nunca é demais para diminuirmos a triste estatística dos partos brasileiros, uma verdadeira aberração, infelizmente...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Casas de Parto: vamos defendê-las!
As casas de parto são locais onde a mulher saudável e com gestação normal pode parir com tranquilidade, sem ter de ir a um hospital. São seguras e amplamente difundidas no mundo todo, principalmente nos países civilizados. O parto é assistido por parteiras , doulas e enfermeiras obstetrizes.
Nelas não há cesáreas: se durante o trabalho de parto se verificar que um procedimento destes é necessário, a mãe é transferida para um hospital, uma ambulância fica à disposição 24 horas para isso.
Para diminuir as altas taxas de cesárea no Brasil, o Ministério da Saúde vem insistindo junto às prefeituras que ampliem o número de casas de parto, já que elas realmente auxiliam a evitar as cesáreas desnecessárias e permitem um modelo de parto digno para as mães de baixa renda.
No entanto, as casas de parto, embora ainda sendo muito poucas no Brasil, estão sempre sendo perseguidas por alguns setores médicos, que vêem nelas uma ameaça ao filão que é o parto ho$pitalar.
Atualmente, a bola da vez é a Casa de Parto de Realengo, no Rio de Janeiro. Por isso, várias entidades interessadas em defender as casas de parto estão pedindo assinaturas para uma moção de apoio às mesmas e para garantir a manutenção da CP de Realengo.
Eu já assinei: http://www.partodop rincipio. com.br/conteudo. php?src=casadepa rto&ext=php
Nelas não há cesáreas: se durante o trabalho de parto se verificar que um procedimento destes é necessário, a mãe é transferida para um hospital, uma ambulância fica à disposição 24 horas para isso.
Para diminuir as altas taxas de cesárea no Brasil, o Ministério da Saúde vem insistindo junto às prefeituras que ampliem o número de casas de parto, já que elas realmente auxiliam a evitar as cesáreas desnecessárias e permitem um modelo de parto digno para as mães de baixa renda.
No entanto, as casas de parto, embora ainda sendo muito poucas no Brasil, estão sempre sendo perseguidas por alguns setores médicos, que vêem nelas uma ameaça ao filão que é o parto ho$pitalar.
Atualmente, a bola da vez é a Casa de Parto de Realengo, no Rio de Janeiro. Por isso, várias entidades interessadas em defender as casas de parto estão pedindo assinaturas para uma moção de apoio às mesmas e para garantir a manutenção da CP de Realengo.
Eu já assinei: http://www.partodop rincipio. com.br/conteudo. php?src=casadepa rto&ext=php
terça-feira, 16 de junho de 2009
Tem pai que é uma mãe...
Para a saúde e bem estar de todos nós, M. resolveu ficar em casa todas as manhãs tomando conta da O. Desde então, meu trabalho começou finalmente a andar.
A O. adorou a novidade. Há muitas coisas que o pai faz melhor do que eu, tem muito mais paciência. Uma delas é dar comida. A refeição de um bebê leva pelo menos 30 minutos, com direito a muitas cusparadas e reclamações. Mas M. faz com o maior prazer e ambos se divertem muito.
Foi e é muito difícil para mim delegar essas funções. Ontem eu estava com uma dificuldade enorme de deixá-lo tomar conta da situação, ficava o tempo todo dando ordens e xeretando o que estavam fazendo. Para que eu parasse quieta no meu canto, M. passou a chave na porta do quarto... e ainda disse que se eu precisasse de algo era só chamar! Foi uma brincadeira bastante eloquente, acabou surtindo efeito. Hoje o dia rendeu muito mais...
Ai, não vejo a hora de acabar essa tese e poder sair da minha doce prisão domiciliar!
A O. adorou a novidade. Há muitas coisas que o pai faz melhor do que eu, tem muito mais paciência. Uma delas é dar comida. A refeição de um bebê leva pelo menos 30 minutos, com direito a muitas cusparadas e reclamações. Mas M. faz com o maior prazer e ambos se divertem muito.
Foi e é muito difícil para mim delegar essas funções. Ontem eu estava com uma dificuldade enorme de deixá-lo tomar conta da situação, ficava o tempo todo dando ordens e xeretando o que estavam fazendo. Para que eu parasse quieta no meu canto, M. passou a chave na porta do quarto... e ainda disse que se eu precisasse de algo era só chamar! Foi uma brincadeira bastante eloquente, acabou surtindo efeito. Hoje o dia rendeu muito mais...
Ai, não vejo a hora de acabar essa tese e poder sair da minha doce prisão domiciliar!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
7
Sexta-feira nossa pequena completou 7 meses. As novidades são as seguintes:
- Não tem paciência de ficar de bruços e reclama quando colocada nessa posição.
- Está falando sílabas: Bá-bá-bá, Dá-dá-dá.
- Conversa muito com seus brinquedos.
- Adora chocalhos e tambores, ou qualquer coisa que produza som a partir do seu próprio estímulo.
- Posa para as câmeras!
- Faz três refeições por dia além das mamadas.
- Já come muitas coisas sozinha: pão, uva passa, mexerica, grãos de arroz.
- Dá sorrisos deliciosos para quem ela reconhece: pai, mãe, avós, brinquedos preferidos...
- Adora música. Fica vidrada com a televisão.
- Balança o tempo todo que está no colo de alguém, é elétrica!
- Detesta trocar de roupa e transformou a troca de fraldas numa verdadeira gincana...
- Chupa cada vez menos o dedo.
E está cada dia mais charmosa...
Enquanto isso, mamãe conseguiu terminar suas análises e já poderá começar a escrever a tese, se o orientador não atrapalhar...
- Não tem paciência de ficar de bruços e reclama quando colocada nessa posição.
- Está falando sílabas: Bá-bá-bá, Dá-dá-dá.
- Conversa muito com seus brinquedos.
- Adora chocalhos e tambores, ou qualquer coisa que produza som a partir do seu próprio estímulo.
- Posa para as câmeras!
- Faz três refeições por dia além das mamadas.
- Já come muitas coisas sozinha: pão, uva passa, mexerica, grãos de arroz.
- Dá sorrisos deliciosos para quem ela reconhece: pai, mãe, avós, brinquedos preferidos...
- Adora música. Fica vidrada com a televisão.
- Balança o tempo todo que está no colo de alguém, é elétrica!
- Detesta trocar de roupa e transformou a troca de fraldas numa verdadeira gincana...
- Chupa cada vez menos o dedo.
E está cada dia mais charmosa...
Enquanto isso, mamãe conseguiu terminar suas análises e já poderá começar a escrever a tese, se o orientador não atrapalhar...
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domingo, 7 de junho de 2009
Antepassados
Não acredito em vida após a morte, mas creio na perpetuação dos antigos pela geração seguinte.
E comprovo ao ver na O. sinais de meus queridos avós.
Seu olhar me lembra o de minha avó paterna (dizem que meus olhos se parecem com os da D.Dolores).
Já sua boquinha muitas vezes faz um muxoxo parecido com o do avô Manuel.
Ela não os conheceu, pois já se foram, e muito provavelmente têm muitos traços da família do pai que eu não sou capaz de identificar.
Assim, ela leva consigo muito dos nossos entes queridos que são os responsáveis pelo que somos hoje, seus descendentes diretos.
Para mim, essa é a uma das maiores belezas da vida. E é um privilégio ver o ciclo se renovar a cada nova geração.
E comprovo ao ver na O. sinais de meus queridos avós.
Seu olhar me lembra o de minha avó paterna (dizem que meus olhos se parecem com os da D.Dolores).
Já sua boquinha muitas vezes faz um muxoxo parecido com o do avô Manuel.
Ela não os conheceu, pois já se foram, e muito provavelmente têm muitos traços da família do pai que eu não sou capaz de identificar.
Assim, ela leva consigo muito dos nossos entes queridos que são os responsáveis pelo que somos hoje, seus descendentes diretos.
Para mim, essa é a uma das maiores belezas da vida. E é um privilégio ver o ciclo se renovar a cada nova geração.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Brrr!
A O. aumentou bem seu vocabulário. Além do famoso Agu e do constante Hum-hum, somam-se novos vocábulos, a saber:
- Ihi
- Ete
- Abububu
- É-é-é
- Brrrr (este costuma vir acompanhado de cuspidas de saliva, alimento, leite...)
- Grrr (este bem gutural, sai do fundo da garganta!)
Agora, o melhor foi descobrir que ela tem uma língua acrobata. Ela faz movimentos com a língua bizarros, pode dobrá-la de várias maneiras e gosta muito de deixá-la perpendicular ao céu da boca.
Bem que eu tentei, mas não consigo acompanhar...
- Ihi
- Ete
- Abububu
- É-é-é
- Brrrr (este costuma vir acompanhado de cuspidas de saliva, alimento, leite...)
- Grrr (este bem gutural, sai do fundo da garganta!)
Agora, o melhor foi descobrir que ela tem uma língua acrobata. Ela faz movimentos com a língua bizarros, pode dobrá-la de várias maneiras e gosta muito de deixá-la perpendicular ao céu da boca.
Bem que eu tentei, mas não consigo acompanhar...
(...)
Preciso dormir mas não posso...
Preciso trabalhar mas não consigo...
Preciso trabalhar mas não consigo...
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terça-feira, 2 de junho de 2009
O poder do choro
A O. descobriu como se coloca a boca no mundo... e tem feito barulho!
Este fim-de-semana era aniversário de duas das três bisavós e do único priminho. Festas demais, gente demais e descanso de menos... Ela não teve dúvidas, pediu pra sair de cada uma delas. Em alto em bom som!
Agora deu pra chorar por qualquer coisinha: quando quer sair do berço, quer sair do Bumbo, do carrinho... Cansou, chorou! Não sei se tem a ver com os dentinhos, mas o fato é que depois de seis meses de bebê tranquilo, que só resmungava um pouquinho quando estava com fome ou fralda suja, agora nossa pequena tem demonstrado seu poder de persuasão. E como convence a menina!
Este fim-de-semana era aniversário de duas das três bisavós e do único priminho. Festas demais, gente demais e descanso de menos... Ela não teve dúvidas, pediu pra sair de cada uma delas. Em alto em bom som!
Agora deu pra chorar por qualquer coisinha: quando quer sair do berço, quer sair do Bumbo, do carrinho... Cansou, chorou! Não sei se tem a ver com os dentinhos, mas o fato é que depois de seis meses de bebê tranquilo, que só resmungava um pouquinho quando estava com fome ou fralda suja, agora nossa pequena tem demonstrado seu poder de persuasão. E como convence a menina!
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