quarta-feira, 13 de maio de 2009

Lugar de bebê é no colo!

A primeira vez que vi um bebê num sling foi no lançamento do livro do meu orientador. Havia uma mãe carregando seu bebê bem novinho na fila dos autógrafos, com uma linda faixa azul turquesa, de um tecido que parecia seda, arrematada por duas argolas. O bebê dormia tranquilamente enquanto a mãe conversava com os amigos e tinha um ar muito elegante! Ah, quando tivesse um filho, eu o carregaria assim!

Quando engravidei comecei minhas buscas na internet para adquirir um, e o primeiro sítio onde vi foi o da Rosa Pomar, designer portuguesa que faz, entre outras coisa, bonecos de pano que são obras de arte. Seus slings até hoje são os meus favoritos, coloridos e charmosos.

Em São Paulo agora há muitas opções, mas a pessoa que mais divulga os slings é a Analy, com suas famosas slingadas. Até lojas caras já vendem slings, bastante salgados por sinal...

Ganhamos o nosso da Cíntia e do Rogério, que compraram mas não conseguiram usar com a pequena S. Pena, pois teriam evitado bastante stress com ele, já que uma das principais maravilhas do sling é servir como calmante para as crianças. Os americanos têm até estatísticas de como os bebês choram menos ao serem carregados no colo! Apanhamos um pouquinho até aprender a usá-lo e hoje é nosso acessório indispensável. A Pri nos deu a dica de outro lugar onde há vídeos explicativos e aí, passo-a-passo, fomos ganhando confiança. Hoje batemos perna pelo bairro com a O. quase todos os dias e, quando estamos longe de casa, é o lugar em que ela se sente mais segura para dormir, e nem precisa ser no meu colo ou no do pai!

Antigamente, todas as culturas, inclusive na Europa, tinham o hábito de carregar bebês amarrados às mães. Este hábito se perdeu nas sociedades industrializadas, mas nos locais onde a vida continua a ser predominantemente rural, permanece. A própria Rosa Pomar fez uma ampla pesquisa iconográfica sobre os carregadores de bebês e há coisas surpreendentes, como uma criança de 5 anos levando o irmãozinho de 8 meses às costas enquanto a mãe foi pra roça.

O atual sling foi re-introduzido no mundo ocidental pelo Dr. William Sears, que defendeu nos Estados Unidos e Canadá o hábito de acalmar crianças dando-lhes o que há de mais simples: colo. Segundo ele, nas culturas onde as crianças ficam atadas aos pais os bebês choram menos, dormem melhor e não sabem o que é cólica.

No fim-de-semana passado, M. causou sensação ao sair com a O. por aí. De carroceiros à madames, mendigos e motoristas, todos querem olhar, acham lindo e comentam. É claro, sempre há os chatos que perguntam: "Não machuca?", mas a maioria das pessoas curte ver um bebê fofo sendo transportado assim. Hoje, na padaria, um rapaz todo tatuado, com piercings e tudo o mais nos viu e comentou com a colega: "Olhe só, como os cangurus. Que bonito! A natureza é sábia..."


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